Dentre as denúncias que geraram maior repercussão, destaca-se a situação da merenda escolar na escola do povoado São Josezinho, onde, em um vídeo gravado pelo vereador Talyson Berg, foi mostrado que a merenda estava sendo armazenada de forma inadequada e insalubre, no banheiro da escola, em cima de um vaso sanitário. As imagens são chocantes e revelam um local totalmente inadequado para o armazenamento de alimentos que devem ser consumidos pelas crianças da localidade.
Outra denúncia grave envolve os garis do município. De acordo com informações de Berg, os trabalhadores da limpeza pública recebem menos de um salário mínimo, contrariando a Constituição Federal. Para piorar a situação, o contrato de prestação de serviços com a empresa PRATIKA LIMPEZA E SERVIÇOS LTDA. foi firmado com a prefeitura no valor de quase 2 milhões de reais, mas as condições de trabalho dos garis são precárias e o pagamento informado nas notas fiscais não condiz com a realidade dos valores que estão sendo realmente pagos a eles. Enquanto o contrato estipula um valor de R$ 4.000,00 mensais, os garis recebem cerca de R$ 600,00, menos da metade do salário mínimo.
Em meio a tamanha repercussão negativa, o prefeito Jones Braga, diante da pressão da opinião pública e da visita do TCE, publicou um decreto no Diário Oficial do Município, datado de 27/11, anunciando a instalação de uma sindicância para apurar a veracidade e a responsabilidade pelo armazenamento inadequado da merenda escolar. No entanto, a veracidade dos fatos já está comprovada pelo vídeo, e a responsabilidade recai diretamente sobre o prefeito e a Secretária de Educação Sâmara Corrêa, por não fornecerem um local adequado para o armazenamento da merenda escolar.
A população de Nina Rodrigues aguarda ansiosa por respostas claras e medidas efetivas. Enquanto isso, muitos questionam se órgãos de controle como o TCE, a CGU e o Ministério Público realizarão auditorias não apenas nas escolas, mas também nas diversas outras irregularidades que, embora evidentes, parecem estar sendo ignoradas. A transparência e a ação dos responsáveis são essenciais para restaurar a confiança da população nas autoridades locais.










































