ESCÂNDALO EM NINA RODRIGUES: PREFEITURA PAGA ALUGUEL A FALECIDA HÁ QUATRO MESES.

Mesmo após morte da proprietária, R$ 15 mil já foram depositados em sua conta; caso levanta suspeitas sobre destino do dinheiro e falta de transparência na gestão Jones Braga.
                                                                                                                         

A Prefeitura Municipal de Nina Rodrigues, sob gestão do prefeito Jones Braga, firmou no início deste ano um contrato de locação de imóvel localizado na Avenida Diortino Sampaio, nº 23, Centro, para funcionamento da Secretaria Municipal de Assistência Social. O valor mensal acordado foi de R$ 3.000,00, quantia considerada elevada para a realidade do município.

Segundo apuração do blog, a proprietária do imóvel, Ildener Viana de Freitas, faleceu há cerca de quatro meses. Mesmo assim, os pagamentos continuaram sendo realizados em seu nome. Até o início de junho, já haviam sido contabilizados R$ 15 mil pagos à falecida, valor que pode aumentar conforme atualização do Portal da Transparência.

O caso levanta a pergunta: quem está sacando esse dinheiro? Depósitos bancários, por lei, só podem ser feitos para a pessoa física ou jurídica contratada — no caso, alguém que já não está mais viva.

Além disso, a gestão municipal é acusada de descumprir a Lei de Acesso à Informação, mantendo dados ocultos e dificultando o acompanhamento das despesas públicas.

Diante da gravidade, espera-se que a Câmara Municipal adote providências e que a denúncia chegue aos órgãos de controle, para que seja feita a apuração dos fatos, a responsabilização dos envolvidos e a devolução dos valores pagos indevidamente.

EMPRESA DE LIMPEZA EM NINA RODRIGUES FATURA MILHÕES SEM TRANSPARÊNCIA EM QUASE 10 ANOS DE ATUAÇÃO.

                                                                                                                         

Uma investigação exclusiva da reportagem do site Maranhão de Verdade revelou um cenário preocupante envolvendo a gestão de recursos públicos no município de Nina Rodrigues. A empresa Mesquita Brasil Ltda, responsável pela limpeza pública da cidade, já embolsou R$ 6,4 milhões desde 2017, mas a falta de transparência nos contratos e denúncias de irregularidades trabalhistas levantam sérias suspeitas sobre a relação entre a prefeitura e a empresa.

Sediada em Buriti, a Mesquita Brasil Ltda atua em Nina Rodrigues há quase uma década, sob a gestão do prefeito Jones Braga, que mantém a empresa no comando da limpeza pública. Apesar dos altos valores pagos, informações levantadas pelo blog apontam que a empresa não assina a carteira de seus colaboradores, não paga direitos trabalhistas e descumpre obrigações legais, segundo relatos de fontes locais.
Falta de transparência nos contratos – Um dos pontos mais alarmantes é a ausência de informações detalhadas sobre os contratos no sistema do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Apenas um contrato, datado de 2018, no valor de R$ 604.538,77, está registrado. Não há registros de aditivos ou outros processos administrativos que justifiquem os pagamentos realizados desde 2017, o que levanta questionamentos sobre a legalidade e a fiscalização desses repasses.
Confira abaixo os valores recebidos pela Mesquita Brasil Ltda, conforme apurado pela reportagem do site Maranhão de Verdade:
2025-R$ 459.056,28- (quatrocentos e cinquenta e nove mil, cinquenta e seis reais e vinte e oito centavos); 2024 – R$ 1.377.171,84- (um milhão, trezentos e mil, novecentos e vinte e três reais e um centavos).
setenta e sete mil, cento e setenta e um reais
e oitenta e quatro centavos); 2023 – R$
1.049.923,53 (um milhão, quarenta e nove
cinquenta e três centavos); 2022 – R$
1.028.008,44 (um milhão, vinte e oito mil, oito
reais e quarenta e quatro centavos); 2021-
R$ 659.496,84 (seiscentos e cinquenta e
nove mil, quatrocentos e noventa e seis reais
e oitenta e quatro centavos); 2020 – R$
714.244,74 (setecentos e quatorze mil,
duzentos e quarenta e quatro reais e setenta
e quatro centavos); 2019 – R$ 604.538,77
(seiscentos e quatro mil, quinhentos e trinta e
oito reais e setenta e sete centavos); 2018
R$ 604.538,77 (seiscentos e quatro mil,
quinhentos e trinta e oito reais e setenta e
sete centavos); Total – R$ 6.496.979,21 (seis
milhões, quatrocentos e noventa e seis mil,
novecentos e setenta e nove reais e vinte e um centavos.
Irregularidades trabalhistas – Além da falta de transparência nos contratos, relatos apontam que a Mesquita Brasil Ltda não cumpre obrigações trabalhistas básicas. Trabalhadores contratados para a limpeza pública em Nina Rodrigues afirmam que não têm suas carteiras assinadas, não recebem benefícios como férias, 13º salário ou FGTS, e trabalham em condições precárias. Essas denúncias reforçam a necessidade de uma investigação mais profunda por parte das autoridades competentes.
Gestão pública sob suspeita – A continuidade da Mesquita Brasil Ltda na administração de Nina Rodrigues, mesmo com tantas irregularidades apontadas, levanta questionamentos sobre a fiscalização da gestão do prefeito Jones Braga. Como uma empresa que não apresenta contratos claros e que, segundo denúncias, descumpre leis trabalhistas, continua recebendo milhões em recursos públicos? Essa é a pergunta que ecoa ent os moradores do município.
A reportagem do site Maranhão de Verdade seguirá acompanhando o caso e cobrando respostas das autoridades. É fundamental que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado investiguem a fundo os contratos e as condições de trabalho impostas pela Mesquita Brasil Ltda. A população de Nina Rodrigues merece transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

‘PRECISO DAQUELE NEGÓCIO PROMETIDO’; LEIA DIÁLOGOS DE DESEMBARGADOR DO MA ACUSADO DE VENDA DE SENTENÇAS

                                                                                                                   

 O desembargador Antonio Pacheco Guerreiro Júnior, do Tribunal de Justiça do Maranhão, participou da negociação da venda de sentenças de ‘forma colegiada’, segundo a Procuradoria-Geral da República. Na denúncia de 313 páginas contra quatro desembargadores, um deles já aposentado, e dois juízes de primeiro grau, todos alvos da Operação 18 Minutos, a Procuradoria sustenta que Guerreiro Júnior orientava seu assessor, Lúcio Fernando Penha Ferreira, para ‘negociar com advogados e lavar o dinheiro proveniente de corrupção’.

O Estadão pediu manifestação do Tribunal e dos magistrados citados. O espaço está aberto.

Segundo a investigação, Guerreiro Júnior atuou em parceria com os desembargadores Nelma Sarney – cunhada do ex-presidente José Sarney -, Luiz Gonzaga Almeida Filho e Marcelino Everton Chaves (aposentado), para condenar o Banco do Nordeste ao pagamento de valores milionários em favor de advogados que pagavam propinas. Além dos desembargadores, o esquema contava com os juízes Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Souza, diz a Operação 18 Minutos. Três ex-assessores dos desembargadores e treze advogados também são acusados. Ao todo, são 29 denunciados pela PGR ao Superior Tribunal de Justiça.

A Operação 18 Minutos foi desencadeada em agosto do ano passado, por ordem do ministro José Otávio de Noronha, do STJ. O nome da investigação se refere ao tempo que o grupo levava entre a decisão e o saque de valores milionários.

Os investigadores sustentam que ‘Guerreiro Júnior aderiu à organização criminosa e atuou por intermédio de seu assessor, Lúcio Ferreira, mencionado em matérias jornalísticas como servidor ostentação, em razão do padrão de vida incompatível com a função pública exercida’.

A Polícia Federal recuperou mensagens via WhatsApp de Lúcio Ferreira com Guerreiro Júnior. O conteúdo dos diálogos levou a PGR a concluir que no TJ do Maranhão operou ‘um verdadeiro esquema de mercancia de decisões’, dividido em três núcleos – judicial, causídico e operacional.

“Sob a supervisão e coordenação de Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, o servidor Lúcio negociou as vantagens indevidas com os agentes corruptores, redigiu as decisões assinadas pelo desembargador e atuou como operador financeiro de seu chefe”, afirmam os investigadores.

Segundo a Operação 18 Minutos, Lúcio ‘movimentou milhões de reais, em suas contas pessoais e de pessoa jurídica interposta, a fim de ocultar e dissimular o repasse de vantagens indevidas para seu chefe’.

“Com o dinheiro obtido no esquema criminoso, Lúcio adquiriu patrimônio milionário, absolutamente incompatível com a sua renda de funcionário do Tribunal de Justiça do Maranhão”, afirma a investigação.

Segundo a Polícia Federal, o outro elo de Lúcio para executar a venda de decisões foi o advogado Carlos Luna, do escritório Maranhão Advogados, que mantinha uma ação contra o Banco do Nordeste.

A origem do esquema, segundo a PF, é o advogado Francisco Xavier, que trabalhou no banco e ajuizou ação requerendo um valor de R$ 12 milhões, segundo ele relativo a honorários por sua atuação em causas da instituição financeira.

Em 4 de maio de 2021, o ‘colegiado’ – Guerreiro, Nelma e Gonzaga -, por unanimidade, de forma contrária ao parecer do Ministério Público, acolheu recurso de Xavier para afastar a prescrição e fixar os honorários advocatícios em 10% sobre acordo celebrado na execução de título extrajudicial.

‘PRECISO DAQUELE NEGÓCIO PROMETIDO’
A PF rastreou as decisões judiciais negociadas e proferidas em três datas: 4 de maio de 2021, de forma ‘colegiada’ por Guerreiro, Nelma Sarney e Luiz Gonzaga em uma apelação cível; em 27 de fevereiro de 2022, pela juíza Alice de Souza; e em 17 de março de 2023, pelo juiz Cristiano Simas.

Em novembro de 2023, Guerreiro Júnior solicita um encontro “com muita confidência” e “silenciosamente”. “Bom dia, amigo! Tudo em andamento. Muita dificuldade. Falaremos pessoalmente no sábado à tarde (…) Preciso daquele negócio prometido de Luna…”.

“A pessoa referida no diálogo (‘Luna’) é o advogado Carlos Luna, e a preocupação do desembargador com a confidencialidade do assunto evidencia que o ‘negócio prometido de Luna’ refere-se a uma vantagem indevida”, sustenta a PGR.

Os diálogos resgatados pelos investigadores indicam que o assessor cobrou Luna:

“Carlinhos, falando em honorários… como andam as coisas?”

A Procuradoria destaca que, na época dessa troca de mensagens, Guerreiro estava afastado temporariamente do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça, “o que reforça a manutenção das atividades da organização criminosa mesmo após o afastamento”.

R$ 12 MILHÕES
O caso teve início em 1983. Em 1997, o advogado Francisco Xavier — que havia trabalhado no Banco do Nordeste — ajuizou uma ação contra a instituição. Ele requereu o pagamento de valores referentes a uma suposta atuação sua em uma ação em nome da instituição. Em 2014, a título de acordo extrajudicial, Xavier e seus representantes do escritório Maranhão Advogados alegaram que ele tinha um saldo a receber do banco de R$ 12 milhões.

Em 2015, a 7ª Vara Cível do Termo Judiciário da capital maranhense identificou que o pedido do advogado induzia a erro, ao fazer uma atualização incorreta dos valores de cruzeiros para reais. Segundo o setor de contadoria, o saldo remanescente seria de R$ 51,9 mil.

No Tribunal, o caso foi julgado pela 2.ª Câmara Cível, composta por Guerreiro, relator, Nelma Sarney e Luiz Gonzaga. Segundo a Procuradoria, após o pagamento de propina pelo advogado, Guerreiro votou para determinar o pagamento dos honorários inflados. Ele foi seguido pelos colegas.

“As provas demonstram claramente que os votos dos três desembargadores foram proferidos com infração de dever funcional, em razão da solicitação e do efetivo recebimento de vantagens indevidas”, narra a PGR.

‘DORMIRAM NO PONTO AÍ’
Em outro diálogo interceptado pela PF, o assessor Lúcio Ferreira faz menção a outros casos que tratava diretamente com o advogado Carlos Luna. Para os policiais, a conversa ‘ratifica que o assessor e seu chefe, Guerreiro Júnior, não negociaram apenas o voto na apelação cível nº 34.227/2019, mas efetivamente aderiram à organização criminosa e venderam diversas outras decisões’.

Nesse sentido, Lúcio deu orientações a outro advogado, José Helias Sekeff, ligado a Luna, ‘sobre como proceder em outro processo’.

“Ia dar a decisão agora (…) Tentar prejudicar o MS (mandado de segurança) cara! (…) Dormiram no ponto aí!”

“Não bastasse a combinação de versões entre as decisões e as manifestações processuais dos advogados, há evidências que Guerreiro Júnior e Lúcio, inclusive, redigiram minutas de peças para a organização criminosa”, crava a denúncia assinada pela subprocuradora Luiza Cristina Frischeisen.

Em dados armazenados na pasta de rede do gabinete do desembargador, no servidor eletrônico do Tribunal do Maranhão, foi encontrada uma minuta, sem identificação do subscritor, de contrarrazões do advogado Francisco Xavier no processo contra o Banco do Nordeste.

“Não se trata de uma manifestação extraída de um processo judicial, mas de uma minuta, em formato editável, o que indica com clareza que no gabinete de Guerreiro Júnior eram feitos ajustes nas petições dos integrantes do núcleo causídico da organização criminosa, fato corroborado pelas mensagens”, diz a PGR.

‘ESSE AÍ JÁ PEGOU MUITA $’
Segundo a investigação, os próprios membros do escritório Maranhão Advogados comentavam, em conversas privadas, o recebimento de vantagens indevidas por Lúcio Ferreira. Uma advogada do escritório, Emanuelle Martins, em conversa com uma interlocutora chamada Sara, comentou sobre a notícia de exoneração do assessor. ‘Esse aí já pegou mta $ (figura de um saco de dinheiro)’.

Para a Procuradoria, ‘não há como dissociar as condutas de Lúcio e de Guerreiro em relação à solicitação de vantagens indevidas, pois, como visto, o desembargador tinha absoluta ciência das ações de seu assessor e claramente coordenava as negociações criminosas’.

“As tratativas ilícitas recorrentes entre Guerreiro, Lúcio, Carlos Luna e José Helias Sekeff, somadas aos numerosos atos de lavagem de dinheiro, evidenciam que, apesar de não terem sido habilitados nos autos da apelação cível nº 34.227/2019147, os advogados efetivamente ofereceram e pagaram vantagem indevida para os desembargadores, para determiná-los a praticar atos de ofício no processo em questão (votos favoráveis)”, afirma a Procuradoria.

Os investigadores rastrearam o fluxo financeiro dos advogados Carlos Luna e José Helias Sekeff entre 12 de março de 2020, data do parecer desfavorável do Ministério Público, e 27 de abril, quando teve início a sessão de julgamento da apelação.

Naquele período, Luna e Sekeff – ‘pessoalmente e por meio de seu escritório’ (Felipe Ramos Sociedade Individual de Advocacia – ‘sacaram milhares de reais, fracionados em centenas de operações no valor de R$ 9.999,99’. Parte do dinheiro sacado em espécie pelos advogados foi entregue pessoalmente para Guerreiro e Lúcio, destaca a Operação 18 Minutos.

‘SAFADO’, ‘VAGABUNDO’
O inquérito 18 Minutos destaca que pessoas ligadas ao escritório Maranhão Advogados confirmaram pagamentos para Lúcio Ferreira. Em uma conversa entre Eliane e Fabrício Ramos, respectivamente, mulher e filho de Francisco Xavier, há menções diretas a repasses para o assessor do desembargador Guerreiro Júnior.

Na ocasião, Fabrício Ramos reclamou de uma decisão liminar do magistrado que favorecia o Banco do Nordeste no processo contra o advogado Francisco Xavier, após a liberação de um segundo alvará, de R$3,5 milhões. Fabrício disse que o assessor Lúcio estava ‘pressionado’ por investigações do Tribunal em processo administrativo.

“Aquele último agora. Foi até esse Cristiano Simas que o liberou. Dos três… três e pouco né que ele recebeu. Esse Lúcio é safado, vagabundo. Esse cara só visa dinheiro. Como ele está sendo processado, denunciaram ele, aí ele quer se livrar, tá com medo, entendeu? Vagabundo”.

Eliane, então, pergunta se houve pagamento para Lúcio. ‘Recebeu ou não? Tu não me disse’

Fabrício : ‘Recebeu, foi aquele último’

“Verifica-se, portanto, que em conversas privadas, os próprios membros da organização criminosa admitiram o pagamento de vantagens indevidas a Lúcio Ferreira, o qual, por sua vez, se enriqueceu ilicitamente e também as repassou ao desembargador Guerreiro Júnior, por meio de dinheiro em espécie”, diz a subprocuradora Luiza Frischeisen.

COMBINAÇÃO DE VOTOS
De acordo com a acusação, Lúcio também mantinha contato com a assessora da desembargadora Nelma Sarney, Zely Brown, para combinar votos na 2.ª Câmara Cível do Tribunal.

Os investigadores citam um pedido do gabinete de Nelma para que Guerreiro Júnior acompanhasse a desembargadora em um processo no qual ela abriria divergência.

Segundo as mensagens, a relatora do caso nem tinha disponibilizado sua manifestação, mas Nelma já pedia o ‘apoio’ de Guerreiro Júnior para que votasse pelo improvimento do recurso.

SERVIDOR OSTENTAÇÃO
A denúncia cita que Lúcio Ferreira possui bens incompatíveis com sua função pública na Corte estadual, ao passo que ficou conhecido como ‘servidor ostentação’.

Para a PGR, o patrimônio de Lúcio cresceu quando ele foi nomeado assessor do desembargador Guerreiro Júnior. Os investigadores identificaram, em meio a buscas nos endereços do assessor, relógios caros e veículo importado. Ele comprou um apartamento de R$ 3,4 milhões à vista.

“Lúcio Ferreira obteve um acréscimo patrimonial astronômico, justamente em razão das tratativas ilícitas recorrentes com os demais membros da organização criminosa e dos numerosos atos de lavagem de dinheiro”, sustenta a denúncia. (Do Estadão)

Cabo da PM do Maranhão é pago sem licença e sem ir ao quartel

                                                  PM afastado
        Cabo da PM do Maranhão está há meses sem cumprir serviço ativo, acumula empresas em nome de laranjas e venceu licitação de R$ 3 milhões na cidade de Presidente VargasITAPECURU-MIRIM, 22 de julho de 2025 – Documentos recebidos pelo Blog do Linhares revelam indícios de irregularidades envolvendo o cabo da PM (Polícia Militar) do Maranhão, José Jailson Quaresma, conhecido como JJ, lotado no 28º BPM em Itapecuru-Mirim. Apesar de estar fora da escala de serviço desde janeiro de 2025, o militar recebeu remuneração integral sem afastamento médico válido nem permanência obrigatória no quartel.

Segundo os registros, a ata oficial de afastamento foi emitida apenas em 19 de maio. Antes disso, JJ esteve ausente do serviço regular, mesmo sem estar legalmente licenciado. Durante o período, continuou a gerenciar suas empresas e a participar de festas e eventos sociais, sem qualquer impedimento funcional, conforme demonstram publicações em redes sociais.

https://www.instagram.com/jj_rastreamento?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igsh=ZDNlZDc0MzIxNw==

Empreendimentos em nome de familiares 

A apuração identificou a existência de ao menos quatro empresas ligadas a JJ. Três delas estão registradas em nome da mãe, Maria da Paz Quaresma, e da companheira, Luiza Natália, que é servidora pública do município. Os negócios incluem oficina mecânica, empresas de rastreamento veicular e revenda de veículos, com capital social baixo e movimentação elevada.

Uma dessas empresas venceu uma licitação milionária na cidade de Presidente Vargas. A documentação apresentada para o certame exibe dados contraditórios, como divergência entre capital declarado e estrutura física. A proximidade com o batalhão teria facilitado a emissão de declarações técnicas assinadas por superiores, o que levantou suspeitas sobre favorecimento.

https://licitar-generated-documents.s3.sa-east-1.amazonaws.com/348/177c08a8-caad-4055-bd66-da320e101df1.pdf

Patrimônio incompatível com a renda

Desde sua nomeação na Polícia Militar, em 2014, JJ acumulou patrimônio incompatível com sua renda. Além de imóveis, o policial ostenta veículos de luxo como uma BMW X6M avaliada em R$ 1,3 milhão, BMW sedã, SW4 e HR-V. Uma das empresas, inclusive, foi alvo de ação judicial após cliente perder uma motocicleta rastreada. JJ foi citado como preposto, mesmo não figurando como sócio oficial.

COMANDANTE DO BPM TAMBÉM É CITADO

O tenente-coronel e comandante do 28º BPM seria um facilitador das irregularidades. Há relatos de que ele utiliza viaturas descaracterizadas da inteligência para fins pessoais. Na prefeitura de Presidente Vargas estaria prestando serviços de segurança e solicitado construção de guaritas, posteriormente abandonadas por denúncias de milícia feitas pela oposição. Porém, em fotos tiradas em eventos do município, o mesmo estaria prestando serviço terceirizado de seguranças que se passam por policiais nos eventos da cidade.

A proximidade entre o comandante e gestores municipais teria garantido espaço para que JJ operasse com margem para irregularidades. Entre os contratos, consta o conserto de uma viatura Ranger em Anajatuba pela oficina do policial, com custo de R$ 40 mil. O veículo permanece quebrado no pátio do batalhão até hoje.

Viatura de Anajatuba abandonada e sem uso desde sua chegada.
Viatura da Polícia Militar adesivada pela Guarda Municipal em Nina Rodrigues.

Pedido de investigação formal

Frente ao material reunido — que inclui vídeos, documentos, imagens e registros oficiais —, um dossiê deve ser protocolado junto ao Ministério Público Estadual e à Corregedoria da PM. Os indícios sugerem enriquecimento ilícito, conluio em licitação, uso indevido de recursos públicos e possível improbidade administrativa.

A cidade de Presidente Vargas, palco da licitação milionária, enfrenta precariedade na segurança: apenas um policial por plantão e nenhuma viatura em circulação. Enquanto isso, o policial JJ expande seu patrimônio e mantém rotinas empresariais sem qualquer impedimento legal visível.

Presidente Vargas: vereador denuncia uso de trator da prefeitura em sítio da prefeita

Vídeo feito por George Barros mostra uma pá carregadeira limpando uma área em um lote pertencente a Fabiana Mendes.

Uma máquina que presta serviços à Prefeitura de Presidente Vargas (MA) foi flagrada, de maneira irregular, realizando a limpeza de um lote que pertence à prefeita Fabiana Mendes (PSB), na comunidade Vila Isabel, localizada às margens da MA-020, estrada que liga o município ao Povoado Leite, em  Itapecuru-Mirim. O episódio que pode configurar crime de improbidade administrativa foi flagrado pelo vereador George Barros (PL) nesta segunda-feira, 21.

As imagens mostram uma pá carregadeira dentro da propriedade privada, limpando a área atribuída à chefe do executivo municipal. O vídeo mostra ainda o trabalho sendo monitorado por um homem que o parlamentar identificou como José de Jesus Rodrigues Araújo, que seria secretário de Obras, Transportes e Urbanismo.

Conforme apurado pelo blog de Isaías Rocha, no dia 13 do mês passado, a prefeitura presvarguense firmou um contrato com a empresa RR Empreendimentos e Serviços Ltda, localizada em Vargem Grande, para serviços de manutenção da limpeza pública de ruas e avenidas, no valor de R$ 759.128,76. Eis a íntegra – (6 MB)

O serviço de roçagem e capina é previsto na proposta contratual entre os trabalhos que deveriam ser executados pela prestadora de serviço ao município. No entanto, só pode ser feito em vias ou locais públicos, o que não corresponde ao que foi flagrado pelo vereador.

 

O que diz a legislação?

Como autoridade máxima na estrutura administrativa do Executivo municipal, Fabiana Mendes tem o dever de cumprir atribuições previstas no conjunto de leis e princípios que visam garantir a legalidade, eficiência e transparência de suas ações.

Em razão da própria condição que sustenta à frente da municipalidade, a prefeita deve orientar sua conduta pela ética e pela moral, tanto social como administrativa, zelando pela regular e eficaz prestação pública dos serviços, esquivando-se de quaisquer desvios de conduta.

artigo 9inciso IV, da Lei 8.429/92 estabelece que é “considerado ato de improbidade administrativa com enriquecimento ilícito obter qualquer vantagem patrimonial indevida em decorrência do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades referidas no art. 1° da legislação, notadamente”:

(…)

“IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades”.

Logo, a interpretação dessa norma jurídica sugere que a utilização de máquinas e equipamentos públicos, bem como o trabalho de servidores públicos, para proveito pessoal, caracteriza um ato de improbidade administrativa.

FONTE/ISAIAS ROCHA

DENÚNCIA: EXONERAÇÃO DE DIRETORES ELEITOS EM MAGALHÃES DE ALMEIDA LEVANTA SUSPEITAS DE INTERFERÊNCIA POLÍTICA NA EDUCAÇÃO.

                                                                                              Denúncia: Exoneração de Diretores Eleitos em Magalhães de Almeida Levanta Suspeitas de Interferência Política na Educação

Magalhães de Almeida, MA – A professora Paula Fabrícia, Tairo Aguiar e Mara Portela, eleitos pela comunidade escolar para gerir a escola C.E. Prefeito Dionílio Gonçalves Costa, em Magalhães de Almeida, foram exonerados do cargo sem justificativa legal. A decisão levanta sérias dúvidas sobre a autonomia da gestão escolar e a real intenção por trás das exonerações.
E o mais grave é que o documento de exoneração alega que o desligamento ocorreu “a pedido”, o que é veementemente negado pelos gestores exonerados. Em momento algum solicitaram tal medida” e vale ressaltar que cumpriram todos os requisitos do edital de eleição e exercem suas funções sem qualquer desabono.
A exoneração de gestores eleitos por votação da comunidade escolar, sem que haja motivos claros e transparentes, gera um questionamento crucial: para que serve a eleição de diretores se o governo pode simplesmente desconsiderar a escolha popular? A situação aponta para uma possível interferência política na gestão das escolas, desrespeitando o processo democrático e a vontade da comunidade.
Esta exoneração tem tudo para ser motivada por interesses políticos, o que é lamentável para a educação. Esta ação configura um flagrante atoe de ilegalidade e um retrocesso na busca por uma educação pública de qualidade e desvinculada de interesses partidários.
A comunidade escolar de Magalhães de Almeida aguarda esclarecimentos e espera que a verdade sobre essas exonerações venha à tona, garantindo a autonomia e a transparência na gestão educacional.

https://drive.google.com/file/d/1-tYWD-2v1zHfPlKRV6THn_BZZlQp0NdP/view?usp=drive_link

https://drive.google.com/file/d/1MmGj-KfJR7PbQkymIGaOXgF3_P19EzOb/view?usp=drive_link

   

FREUDE BILIONÁRIA NO SEGURO-DEFESO NO MA: INSS PAGA BENEFÍCIO A MILHARES DE PESCADORES FANTASMA.

A atuação de intermediários e colônias de pescadores

Um dos principais programas de assistência a trabalhadores da pesca artesanal no Brasil, o seguro-defeso do INSS, está sendo utilizado de forma fraudulenta em diversos municípios, com pagamentos milionários direcionados a pessoas que não exercem a atividade. Investigações apontam que as fraudes são recorrentes em estados como Maranhão e Pará, onde a quantidade de pescadores cadastrados não corresponde à produção pesqueira local. O desvio mensal do seguro-defeso pode chegar a R$ 130 milhões, com a Polícia Federal apurando o envolvimento de federações e colônias de pescadores nos esquemas fraudulentos.O total de registros no RGP (Registro Geral da Pesca) saltou de 1 milhão em 2022 para 1,7 milhão até maio de 2025 — um acréscimo de 500 mil cadastros em menos de um ano. A escalada foi impulsionada por entidades conveniadas ao INSS, muitas delas já investigadas por fraudes. O Maranhão concentra um terço desses registros, com cerca de 590 mil pescadores inscritos. O estado é seguido pelo Pará, com 347,5 mil.

Apesar do número expressivo de cadastros, a produção de pescados não acompanha esse crescimento. O Maranhão, por exemplo, ocupa apenas a sexta posição na produção nacional, com 50,3 mil toneladas em 2022. O Pará, segundo maior em número de pescadores, produziu ainda menos: 25,1 mil toneladas. Para efeito de comparação, o Paraná, líder nacional, produziu 194,1 mil toneladas.

Além disso, há outros indícios de irregularidade: o Maranhão possui apenas 621 embarcações cadastradas para pesca e não registra nenhuma empresa pesqueira — um contraste gritante com Santa Catarina, que possui 218.

A distorção se repete em municípios como São Sebastião da Boa Vista (PA), Boa Vista do Gurupi (MA), Cedral (MA) e Ponta de Pedras (PA), onde os registros de pescadores superam 30% da população adulta, conforme cruzamento de dados do Ministério da Pesca e do IBGE.

O presidente licenciado da Federação dos Pescadores do Maranhão, deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSB), é alvo de investigação da Polícia Federal por suspeitas de fraude. Entre maio de 2023 e maio de 2024, ele teria movimentado R$ 5,4 milhões da federação, segundo relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Diante da escalada das fraudes, o governo federal anunciou uma série de mudanças no sistema de concessão do seguro-defeso. Desde janeiro, tornou-se obrigatória a validação biométrica para os novos registros, medida formalizada por decreto em 25 de junho. Além disso, uma medida provisória publicada em 11 de junho determina que as prefeituras deverão homologar os beneficiários.

O Ministério da Pesca informou que está adotando o cruzamento de dados com outras bases governamentais para reforçar os controles.

O Tribunal de Contas da União (TCU) também está conduzindo auditoria para calcular o montante exato dos pagamentos indevidos. As informações, por ora, seguem sob sigilo.

A atuação de intermediários e colônias de pescadores

A investigação da Polícia Federal indica que intermediários e lideranças de colônias de pescadores atuam como facilitadores do esquema. Eles cadastram pessoas que não exercem a pesca, muitas vezes com documentação forjada ou omitindo vínculos com outras atividades remuneradas.

Esses intermediários, segundo os relatos apurados, cobram comissões que variam de 30% a 50% do valor do benefício mensal. Em alguns casos, os próprios beneficiários não têm ciência de que foram incluídos em esquemas fraudulentos, sendo usados apenas como laranjas.

O envolvimento de federações
Federações estaduais de pescadores também estão na mira. Documentos apreendidos pela PF apontam o uso da estrutura sindical para validar cadastros fictícios, emitir declarações de atividade pesqueira falsas e pressionar servidores públicos para a liberação dos benefícios.

O prejuízo aos cofres públicos
De acordo com estimativas feitas por órgãos de controle, o desvio mensal no seguro-defeso pode alcançar até R$ 130 milhões. Em um ano, o montante supera R$ 1,5 bilhão — valor superior ao orçamento de diversos programas sociais legítimos.

FONTE:BLOG DO JOHN CUTRIM

DENUNCIA/PREFEITO JONES BRAGA DE NINA RODRIGUES VAI TORRAR QUASE 2,5 MILHÕES COM MATERIAL DE INFORMÁTICA E MENOS DE 1 MILHÃO COM MEDICAMENTOS.

 

A Prefeitura de Nina Rodrigues publicou nas edições do seu Diário Eletrônico de 18 e 20 de junho extratos de 6 contratos para aquisição de equipamentos e suprimentos de informática no valor total de quase dois milhões e meio de reais (2.419.589,25, precisamente).
Com este valor daria para informatizar completamente todas as secretarias e as demais repartições públicas municipais dotando-as de computador com impressora novos, incluindo todas as escolas e postos de saúde, descartando os usados. Se isso vai de fato acontecer, é outra história!

Por outro lado, é certo que este valor supera em quase duas vezes e meia o valor destinado para compra de medicamentos, cujo contrato publicado não chega a um milhão de reais ( R$ 973.237,78). E o mais grave é que os dois contratos destinados para aquisição de materiais de informática para a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), somam exatos 844 mil reias, praticamente o mesmo valor destinado para compra de medicamentos.

Outra Secretaria muito beneficiada com os contratos milionários foi a SEMED com dois contratos no valor total de R$ 941.297,50. Para atender às demandas da Secretaria de Administração foi celebrado um contrato no valor de R$ 309.999,00; já a Secretaria de Ação de Assistência Social foi contemplada com um contrato no valor de R$ 324.292,50.

As empresas contradas para o fornecimento de equipamentos e suprimentos de informática são: DE INFO LTDA ( um contrato com a Educação, um com a Saúde e um com a Assistência Social); ANGULAR DISTRIBUIDORA LTDA (um contrato com a Educação); BNB COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICA LTDA ( um contrato com Administração); LGM COSTA & CIA LTDA (um contrato com a Saúde).

DESCASO:UM APELO À GESTÃO PUBLICA A SAÚDE DE PRESIDENTE VARGAS PEDE SOCORRO.

As imagens recentes do hospital municipal de Presidente Vargas revelam, de forma clara e incontestável, a grave situação em que a unidade se encontra. Infiltrações, paredes com mofo, colchões rasgados, banheiros deteriorados e um ambiente totalmente fora dos padrões mínimos de higiene e segurança denunciam o descaso que a população enfrenta diariamente.

VT… IMAGENS DO PARLAMENTAR GEORGE BARROS

Um hospital deve ser, acima de tudo, um espaço limpo, organizado e seguro — não apenas para garantir o bom funcionamento dos serviços, mas para proteger vidas. A ausência de condições sanitárias adequadas expõe pacientes e profissionais a riscos sérios: contaminações, infecções e proliferação de bactérias. E, diante das imagens, é evidente que esse cuidado básico está sendo ignorado.

Esse cenário, infelizmente, não é novidade para quem vive a cidade. O problema é antigo — e se agravou por falta de ação. Enquanto se multiplicam eventos, postagens e aparições públicas, o que realmente importa está sendo negligenciado: o cuidado com a saúde da população.

Este é um apelo feito em nome de toda a população de Presidente Vargas, porque gestão se faz com prioridades. E a prioridade precisa ser a vida das pessoas.

Não se governa apenas com imagem. Governo sério se constrói com presença, responsabilidade e compromisso real. A saúde não pode continuar sendo pano de fundo enquanto se investe tempo e energia em propaganda.

A população não aguenta mais discursos. Ela exige resultados. Exige respeito. Exige um atendimento digno. Presidente Vargas não pode seguir funcionando como vitrine, enquanto, por trás das cortinas, a realidade é de abandono.

Como vereador, minha obrigação é cobrar — e hoje faço isso em nome de todos que estão sendo prejudicados pela ausência de cuidado com o essencial. A saúde do nosso município não pode esperar mais. Quem governa, precisa agir.

George Barros
Vereador de Presidente Vargas